Uso de Telas na Infância e Adolescência

Mãe de pele clara com cabelos castanhos lisos observa atentamente seu filho pequeno enquanto ele manuseia um tablet preto. Ambos estão sentados em um sofá bege claro em uma sala com decoração neutra e iluminada por luz natural. O menino, de cerca de seis anos, veste camiseta azul-marinho e calça bege, concentrado na tela, enquanto a mãe demonstra preocupação ao acompanhá-lo de perto. Ao fundo, há uma estante com livros, vaso e plantas.

Celular, tablet, TV, computador… o acesso às telas faz parte do cotidiano de crianças e adolescentes. Embora a tecnologia tenha muitos benefícios, o excesso de telas em crianças e adolescentes pode trazer impactos importantes para a saúde física, emocional e social.

Neste artigo, você entenderá os efeitos do uso inadequado de telas, quais são os limites recomendados por especialistas e como promover um uso equilibrado e seguro.
Para orientações médicas confiáveis, acesse: excesso de telas em crianças e adolescentes

Por que o uso excessivo de telas preocupa pediatras?

O uso moderado e supervisionado da tecnologia pode ajudar no aprendizado e na socialização. No entanto, o uso excessivo, sem limites ou sem orientação adequada está associado a:

  • Sedentarismo e ganho de peso
  • Atrasos na linguagem e no desenvolvimento social
  • Problemas de sono e insônia
  • Dificuldades de atenção e rendimento escolar
  • Irritabilidade, ansiedade e sintomas de depressão
  • Maior exposição a conteúdos inapropriados

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o tempo de tela deve ser adaptado à faixa etária e sempre com supervisão ativa dos adultos.

Tempo de tela recomendado por idade

Faixa etáriaTempo máximo diário recomendado
0 a 2 anosNenhum tempo de tela (exceto videochamadas com familiares)
2 a 5 anosAté 1 hora por dia, sempre com supervisão
6 a 10 anosAté 2 horas por dia, com conteúdo educativo e supervisão
11 anos ou maisAté 3 horas por dia, com rotina equilibrada e pausas regulares

Como saber se meu filho está usando telas em excesso?

Alguns sinais de alerta incluem:

  • Irritação ou choro ao ser desconectado
  • Isolamento social ou perda de interesse por brincadeiras reais
  • Troca do dia pela noite (sono desregulado)
  • Dores nos olhos, cabeça ou coluna
  • Queda no desempenho escolar

Dicas para um uso saudável das telas

1. Estabeleça regras e horários

  • Defina limites de tempo claros e adequados à idade
  • Crie uma “rotina sem telas” antes de dormir e nas refeições

2. Acompanhe o que a criança está assistindo

  • Prefira conteúdos educativos e apropriados para a idade
  • Use plataformas com controle parental

3. Equilibre com atividades off-line

  • Incentive brincadeiras ao ar livre, esportes, leitura e jogos de tabuleiro

4. Evite telas antes de dormir

  • O ideal é desligar os eletrônicos pelo menos 1 hora antes de dormir

5. Seja exemplo

  • Os filhos se espelham nos hábitos dos pais. Evite o uso excessivo também

Quando procurar ajuda profissional?

Procure um pediatra ou psicólogo se:

  • Houver dificuldade em estabelecer limites
  • A criança apresentar sinais de dependência digital
  • O comportamento mudar drasticamente após uso intenso de telas
  • O desempenho escolar ou social estiver afetado

Perguntas frequentes sobre uso de telas (Google FAQ)

Toda criança que usa muito o celular tem vício?

Não necessariamente, mas o uso excessivo e sem controle pode evoluir para dependência. Observar o comportamento é fundamental.

O uso de telas atrasa a fala?

Sim. O uso precoce e prolongado de telas pode reduzir a interação social e verbal, prejudicando o desenvolvimento da linguagem.

Tablets e celulares atrapalham o sono?

Sim. A luz azul das telas atrapalha a produção de melatonina, prejudicando a qualidade do sono, especialmente se usadas à noite.

Como tirar o celular de uma criança sem causar brigas?

Crie regras antecipadamente, explique os motivos e proponha alternativas. Evite retirar de forma brusca ou punitiva.

Conclusão

As telas fazem parte da vida moderna, inclusive das crianças. O segredo está no uso equilibrado, consciente e supervisionado. Com orientação adequada, é possível aproveitar os benefícios da tecnologia sem comprometer a saúde física, mental e emocional.

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